É teoricamente fácil demais escrever pensando apenas em si
mesmo. Porque a forma de organizar os versos já tem um certo espaço pré-definido
pela vida pessoal. Mais ao mesmo tempo pra mim é praticamente impossível lhe
dar com algo que não vivo. Falar sobre coisas que estão longe de uma experiência
pessoal não tem sido uma pratica minha,
apesar de dar credibilidade a quem faz, e reconhecer que existem coisas incríveis
do gênero.
Ao mesmo tempo que me deparo com estas diferentes formas de
criar, busco uma consciência maior do que esta a redor através dos versos
cantados. Como não consigo falar sobre o não vivido, creio que achei uma forma
de explorar tais criações de um modo que me liberta de canções unicamente
narcisistas. Tal forma consiste em compilar lembranças, pensamentos e desejos
num só lugar, numa só obra. Assim a canção ganha um certo caráter abstrato e
abrangente com relação ao ouvinte. Não crio canções para explicar, afirmar ou confundir,
e sim para simplesmente refletir, repensar, reorganizar e ate mesmo criar
imagens ou cenários relativamente cotidianos de acordo com a vida de cada um. É
claro que este processo não é fixo, pode ser que pra alguém alguma obra chegue
explicada perfeita e com inicio meio e fim. Mais não conto apenas com isso. Posso
falar do que estou passando nos últimos meses, porem mergulhado numa pesquisa
intelectual de como falar disso sem carimbar nas mentes o óbvio e deixando de
lado a intenção de apenas narrar minha vidinha de artista. E na medida que o
tempo passa quero deixar estas atividades mais livres, pr ser momentos íntimos (No
plural) externizados. Contem comigo para explorar e compartilhar estas experiências
humanas. Mais também não se prendam se um dia eu querer fazer todos dançarem em
vez de pensarem, Nem que pra isso esteja envolvido em outros projetos que não
necessariamente carregam o meu nome estampado na capa!
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